Como eu queria não ter que voltar aqui

 E mais uma vez a madrugada serve de inspiração. Voltar aqui significa que as coisas não vão bem. E pior do que isso é ter consciência que as coisas tinham tudo pra estar bem e não estão, por simples capricho meu ou talvez por simples inconstância do meu coração. Queria com todas as minhas forças entender porque o ser humano não se satisfaz plenamente com aquilo que te faz bem, ou pelo menos na teoria deveria fazer bem. Mas o que acontece é justamente o contrário, somos completamente atraídos pelo que obviamente não presta, como já dizia Clarice. Podemos viver a mil maravilhas, mas aquela situação que um dia te fez sofrer, te machucou, sempre vai fazer parte das suas lembranças, ser presença constante em seus pensamentos e martelar cruelmente sua mente com a dúvida: como seria se tivesse dado certo? E se tudo fosse diferente ? E se eu agisse diferente? E pra piorar mais ainda, somos estúpidos a tal ponto de saber que de qualquer maneira tal situação não valeria a pena e mesmo assim continuar sofrendo por isso. Percebo então que precisamos sofrer pra aprender a definir realmente o valor das coisas. Não necessariamente que precisamos perder pra dar valor. Muito pelo contrário. É preciso sofrer primeiro pra conseguir, para que assim possamos dar valor. Nada que vem fácil é realmente valorizado. E isso serve pra todas as áreas de nossas vidas.

Um dia a gente cria juízo, não tem que ser agora.

A vida anda cheia de meias porções, de prazeres meia-boca, de aventuras pela metade.

Tantos deveres, tanta preocupação em 'acertar', tanto empenho em passar na vida sem pegar recuperação...
Aí a vida vai ficando sem tempero, politicamente correta e existencialmente sem-graça, enquanto a gente vai ficando melancolicamente sem tesão...
Às vezes dá vontade de fazer tudo 'errado': deixar de lado a régua, o compasso, a bússola, a balança e os 10 mandamentos. Ser ridícula, inadequada, incoerente e não estar nem aí pro que dizem e o que pensam a nosso respeito.
Recusar prazeres incompletos e meias porções.
Até Santo Agostinho, que foi santo, uma vez se rebelou e disse uma frase mais ou menos assim: 'Deus, dai-me continência e castidade, mas não agora'...
Nós, que não aspiramos à santidade e estamos aqui de passagem, podemos (devemos?) desejar várias bolas de sorvete, bombons de muitos sabores, vários beijos bem dados, a água batendo sem pressa no corpo, o coração saciado.

Um dia a gente cria juízo.
Um dia.
Não tem que ser agora.

Depois a gente vê como é que faz pra consertar o estrago.


ps: O texto não é de minha autoria.

Banalidades, o caralho !

Tava lendo um dos posts anteriores que tem como título "Banalidades importantes" e nele eu falo que provavelmente, no futuro, a gente vai rir de tudo que acontece com a gente hoje, principalmente dos problemas.
MAS É AÍ QUE MORA O PROBLEMA ! Eu to vivendo isso agora ! Eu posso até achar isso ridículo no futuro, mas quem tá vivendo sou eu e eu tô sofrendo pra caralho, porra !

É revoltante quando as pessoas viram pra você, achando que são donos da razão e dizem: "Não se preocupe, eu já passei por isso, isso vai passar .."
Vai passar né ? Mas porque voce não vem viver no meu lugar ? AAAAAAAAAAAAAAAAARGH.
Eu posso estar sofrendo, mas ninguem vê, ninguem se importa. Sofro calada e finjo estar tudo bem, mas por dentro existe um vazio que me consome. Me sinto ingrata por ter tudo e ainda não ser feliz. Tem tanta gente pior que eu.. E essa angústia parece não ter fim, já não sei mais qual caminho seguir.

PAI, PERDOAI-ME ! EU NÃO SEI O QUE FAÇO ...

ps: Fiz o post puta mesmo ! MAS FODAS, EU FALEI COM VOCÊ DESDE O PRINCÍPIO QUE NÃO ERA PRA LER NADA DISSO !

E quando tudo dá errado ?

E quando não se tem motivação pra nada ? E quando o choro e a angustia já são constantes ? E quando a vontade de ser feliz, ou simplesmente, SER, vai se apagando ?  E quando mais nada faz sentido ? E quando nem você se entende mais ?
Com quem contar ? Existe alguém pra confiar ?
Será que a culpada sou eu ? Será que sou a unica culpada ?
O que fiz ? O que fazer ? Existe algo a fazer ?
E a felicidade, quando ela vai vir ? Será que vai ser sempre assim ?

Banalidades importantes

Continuando no raciocínio do "Já parou pra pensar?", seguimos então. Já parou pra pensar como será sua vida daqui a 20 anos ? Seus erros de hoje, serão banais. Tudo que você sente, pensa, fala e faz será banal.
Imagine que voce com 35 anos, esteja dando um passeio com seu marido e seus filhos e de repente você cruza com o cara que você gostou a 20 anos atrás (hoje). Aí seu marido pergunta: "Quem é esse ?" e você responde: " Ah querido! Um namoradinho da adolescência! " Então quer dizer que você tá aí, se matando, chorando de madrugada, postado frases melancólicas no twitter, esperando ele "perceber que te ama", pra daqui a 20 anos isso tudo significar besteirinhas da adolescencia ?
O objetivo disso é mostrar que  todas as suas decisões, problemas e frustrações de agora, provavelmente, serão banais no futuro. Então relaxa.

Esse tópico não tem nada de reflexivo e tocante. Além do mais, tenho certeza que no futuro, chegarei a conclusão que esse blog não passa de uma aventura de uma adolescente achando (ou não) que sabe alguma coisa da vida. Uma banalidade..

P.S.: Eu não choro de madrugada nem posto frases melancólicas no twitter por causa de um namoradinho da adolescência. hahahaha

Medo de ser feliz

Sim. O homem tem medo da felicidade. Nós sempre "éramos felizes e não sabíamos". Será que estamos acostumando a nos contentar com pouco ? Será que é mais fácil acreditar que tudo vai dar errado ou que nada mais tem conserto ?
Já parou pra pensar como será sua vida daqui a 10 anos ? Se você nunca parou, saiba que eu penso nisso todos os dias, porque o que eu vou ser daqui a 10 anos, depende de mim, mais do que nunca, AGORA!

Que a vida daqui pra frente vai ser mais legal eu já sei, mas será que vai ser mais fácil ? Mas se eu não tentar e acreditar, quem vai fazer isso por mim ?

E só pra ilustrar com uma música ..

Nada sei dessa vida, sigo sem saber (...)
Sou errada, sou errante,
Sempre na estrada, sempre distante.
Vou errando enquanto o tempo me deixar errar.

É no silêncio da madrugada ..

Qual a finalidade de nascermos/vivermos? Se nascemos para sofrer e só alcançamos a felicidade plena quando morremos ? Quando vou poder dar meus próprios passos? 
Eu tenho sede de ser independente. É em função disso todos os meus sonhos, em razão de toda uma vida que nunca pude aproveitar dessa tal liberdade.

Na madrugada ficamos mais sentimentais, é verdade. Mas não ficamos alucinados. Tudo que escrevo tem algum fundamento, fundamentos estes que ficam ocultos à luz do dia, parecem não surgir.
No silêncio da escuridão a razão dá lugar à emoção e desabamos em reflexoes sobre o sentido da vida. Mas será que  realmente vale a pena ?

Madrugada de 02 para 03 de novembro de 2010